Como ele mesmo disse, “não tenho por hábito alardear os momentos nulos da minha vida”, lançou-se ao acaso transitório, bailou com a serpente Nadja nas mãos e gritou para o futuro que as coincidências petrificantes estão aí, soltas no ar.......basta esticar os braços para envolve-las no espaço caloroso de um laço.
Mas no fundo sei que tudo isso é falso, que já estou longe do que acaba de me acontecer e que como tantas outras vezes se resolve nesse desejo inútil de compreender, desconsiderando talvez o chamamento ou o sinal escuro da própria coisa, a inquietação em que me deixa, a exibição instantânea de uma outra ordem na qual irrompem lembranças, potências e sinais para formar uma fulgurante unidade que se desfaz no próprio instante em que me arrasa e me arranca de mim mesmo. Agora tudo isso não me deixou mais que curiosidade, o velho lugar-comum humano: decifrar.
3 comentários:
É mesmo... Breton demorou para aproveitar a Revelação Poética do Acaso. Enquanto isso, os Deuses do Acaso riam e rolavam de rir...
Como ele mesmo disse, “não tenho por hábito alardear os momentos nulos da minha vida”, lançou-se ao acaso transitório, bailou com a serpente Nadja nas mãos e gritou para o futuro que as coincidências petrificantes estão aí, soltas no ar.......basta esticar os braços para envolve-las no espaço caloroso de um laço.
hahaha..os comentários são os melhores.
Grande Breton!
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