segunda-feira, 31 de março de 2008

Check-up

Narinas: dilatadas
Olhos: flamejantes.

Dedos - e os improvisos
plenamente soberbos.

Membros:
pungentes.

Nós: fadários do gozo
profundamente
HUMANO.

11 comentários:

Mésmero disse...

Gozemos de nosso destino!

Hanne Mendes disse...

Nossa, seu poemas tinham tirado férias?
Sempre com um toque de elegância, com o seu toque.

Beijos.

Anônimo disse...

Bacana moça.
Vou linkar vc no meu blog!

Anônimo disse...

Ei linda, o conteudo do seu blog é mto bom!!
Mas uma curiosidade, tudo oq estah escrito aqui é de sua autoria???
Me responda pelo orkut, ok?
Eu to no seu, a gente estudou no são camilo juntas...
Orkut: Jana Freitas
;D

Carol Ornellas disse...

como é bom voltar a te ler, querida =)

marcos disse...

Todo artista amolda a arte à sua imagem

(Victor Hugo)

Li todos seus poemas, contudo não tenho tempo para comentá-los, todos, um por um, fato que muito me agradaria, porém atrevo-me com humildade deixar aqui meu entendimento sobre seu artifício poético: percebo que seus poemas, principalmente, evidenciam a subjetivização da poesia através de um surpreendente enfoque feminino para o assunto amoroso, assunto onde atinge nuança muito amplas, desde a ternura mais singela até o afeto mais sensual. O intimismo lírico em oposição à insensibilidade do homem (no sentido masculino do ser) que se importa apenas com beleza corporal de uma mulher, em descaso com a beleza de sua cultura, de sua arte, de seu gosto musical, a mulher como objeto sexual.
“Balbucio Kerouac e você pergunta o que é.
Ouço Miles Davis e você diz ser coisa de velho.
Calipígia, cala essa boca (abra essas pernas)!
Com você o lance é meta e remeta.”
Não sei se você tem influência de leitura da poetisa Safo de Lesbos, idade de ouro do lirismo grego 600 aC , mas vejo profundas característica dessa poetisa no lirismo de seus poemas. Safo era atenta à brevidade dos afetos. Você em seus poemas, como fazia Safo, utiliza imagens de rara beleza, às vezes de rebeldia, para expressar o amor de mulher, de modo incondicional. O que existe e o sentimento forte, sem nenhuma distinção ou restrição de sexo. Ama se e pronto.
No que tange a sua escrita: ela vem carregada de verbos que dá um tom de liberdade aos versos, sem se preocupar com métrica, você brinca com as palavras, os versos ora vêem curtos, ora surgem longos, talvez na cadência rítmica da música que embala seu estro. Um dinamismo que por meio da aliteração nos possibilita sentir o prazer ouvindo batidas do coração sob um melancólico fundo musical, que geralmente se faz presente nos poemas. O conflito do “eu” apresenta-se através de um vocabulário de palavras capicuas.
Atentamos para a estrofe seguinte, o seu esmero e a sua criatividade no construir desses dois exemplos citados.

“toque! Retoque!
Puxe! Repuxe!
Chupe! Rechupe!
Vire! Revire!
Meta! Remeta!
Canse! (Descanse...)
Faça! Refaça!
Goze!(...)”

A estrofe apresenta um inteligente apelo erótico o “vai e vem” da relação sexual. Na linha horizontal surge o primeiro ato nas palavras da esquerda:

[...] toque!
puxe!
Chupe!
Vire!
Meta!
. canse.
Faça!Goze!

Então o “Eu” deseja mais prazer, e as palavras cedem:
[...] retoque! “Me” Toque de novo!
Repuxe! “Me” puxe de novo!
Rechupe! “Me” chupe de novo!
Revire! “Me” vire ou vire-se de novo!

Remeta! “Me” meta de novo!


Descanse (...) descanse, mas as reticências pedem mais?!

Refaça se pedem, faça de novo!

Goze (...) infinitamente.

Seria uma transa ninfomaníaca da poetisa com as palavras. É um sexo incessante do Eu lírico (feminino) que inconformado com a insensibilidade do homem em relação aos valores da mulher, além das nádegas.

“Calipígia, cala essa boca (abra essas pernas)!
Com você o lance é meta e remeta.” [...]

Que acaba causando certa descrença com o amor:


“ Amor?
...
Para durar

Balelas!


Conflito no qual o eu lírico, chegar a pensar em um prazer homossexual,


“Quem sabe se o seu nome tivesse mais testosterona que o meu, até

Pudesse penetrar meus dentes em sua carne de fino trato”[...]


E outra vezes usando-se do onanismo, como forma de conter sua paixão, característica facilmente perceptível no poema coucher de soloeil.
Podemos dizer que o extremo da insatisfação do eu lírico com o descaso do homem com seu sexo oposto, aparece numa linguagem menos harmônica poeticamente, no poema calão, bem no estilo da linguagem popular, um inteligente ato rebelde de compor:

“ O fada é que eu não me fodo literalmente”


Caso fosse possível isso, o homem insensível com os valores da mulher, especificamente do eu lírico deste poema, não haveria necessidade de existir.
E meu humilde estro crítico sobre essa, sinceramente, inteligente e criativa poetisa capixaba, você, termina aqui ciente de que há muito mais a ser dito sobre sua obra, mas o tempo infelizmente não me permite.

Contudo:

“arranjos sublimes com palavras, conseguem dar atmosfera poética

até uma punheta, caro amigo




(Marcos A. Fagundes)

Hanne Mendes disse...

Eu a-d-o-r-e-i a análise sobre a sua obra!

Monique Ludmila. disse...

Mayara!
Ahh, quanto tempo!
Agora também estou nessa de blog.
Bem a minha cara, cheio de teclas pretas-e-brancas.

http://www.tecladosmeus.blogspot.com

Des-atinando já é favorito!

Beeijos!
Pianista

Monique Ludmila. disse...

Ah, sem esquecer de elogiar e parabenizar pelos poemas. De extremo valor, talento, sentido e sentimento.

Parabéns!

maria incomodadeira disse...

Grande e bela poeta capixaba! Com direito a análise e tudo!
Um dia eu chego lá, gata!
Um beijão!
Boa poesia: tá linkada no meu blog ;]

marcos disse...

comentário em forma de poema:
continuação de minha análise.



Safo beat pós-moderna

Guerra ainda há
Fria quente ou morna
Repressão? Tédio?
Passividade certamente
Teu poema é beat,
Hippie... Marginal!!!
Escândalo, drogas
Sexo incondicional
Jazz bop, MPB
Rock
Contr(a)-cultura pós-moderna
Com as rugas de outrora
A trindade rebeldia gives welcome to
A delirante poeta do sul
Não só mais Burroughs,
Kerouac e Ginsberg
Agora também Nogueira
Mayara
A flor no lixo
MPB, rock Jazz bop
E amor.