A Renan Gobbi, caríssimo.
Travei amizade da mais pura já vista
com ele em quem não vejo defeitos
e me faz ser iena
e falar em termos largos, abertos e profundos;
com ele que faz das manhãs de céu nublado dia claro
e orvalha vista sã com lágrimas e riso.
Ele que é do direito, da música e do torto
– da música torta, do direito esquerdo
e dos olhos lambuzados de verdes e azuis.
Com preponderância do verde ou azul?
Do azul ou do verde?
De tão pouca monta nossa filosofia!
Há ainda a vastidão de nossas viagens caronas e leituras.
Ele, do sorriso largo e doçura d’Ella;
ele que com sutileza refinada modela meus sentidos e afeto
como quem cria uma pérola torta e bela e sua.
Eu, sua torta, com o blindado coração minado
e os olhos mormacentos confesso
em meio à complicação incrivelmente
singela de minha vida: sinto: amo;
e é de alcance planetário.
É sempre seu. É todo seu.
3 comentários:
Putz...
Se outrora fosse, dos tempos que idos advém, diria-te barroca, minha cara.
Como tempos que são de hodiernos, post-modernos, digo-te: sois, somos, pois, barrocos, modernos e post-qualquer-coisa (hodiernos).
Que bonito moça!
mmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmm
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